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O Lara´sBackpack traz mais uma excelente entrevista com Gustavo Petró, colunista do
que foi enviado para a GDC de 2010 e jogou o novo lançamento da série, o ''LC: Guardian Of Light'' é uma ótima entrevista, que nos traz bastante informações, confira:
Gustavo Petró: Acho que é por causa de Tomb Raider que hoje temos games como Assassin`s Creed, Uncharted e outros. Também é por causa da série que hoje temos mais personagens femininas nos jogos. O primeiro game da série quebrou paradigmas, trouxe exploração dos cenários, quebra-cabeças complexos que envolviam andar por cavernas e outros lugares. Eu chava muito legal ver os movimentos de Lara na época, tentar descobrir outros novos. Gostava muito quando ela plantava bananeira ao subir um lugar. Demorei para descobrir isso.
Sempre jogo os games ao máximo pra fazer as matérias. Obviamente, como corremos contra o tempo, nem sempre é possível. Para isso, costumo separar o 'game trabalho' do 'game lazer'. Quando tenho que jogar em casa um 'game trabalho' estou sempre com um caderno que uso para fazer anotações que depois uso para escrever determinada matéria ou análise. Gostaria muito que não houvesse prazos para escrever um texto para poder terminar todos os jogos antes de ter que escrever algo.
LB - Como você acabou se envolvendo com esse mundo dos videogames?
GP: Eu sou de Porto Alegre e vim para São Paulo querendo trabalhar na área. Joguei videogame a vida toda e fiz jornalismo pensando em trabalhar com isso. Bati na porta das editoras e uma me deu uma oportunidade. Acho que tive sorte. Agarrei a oportunidade e comecei a escrever alguns textos para a revista EGM Brasil na época. No início eram poucas análises que, como uma bola de neve, se tornaram reportagens. Depois, escrevi para a Super Dicas PlayStation, Nintendo World e EGM PC. Isso foi em 2005. Em 2006, fui chamado para trabalhar no caderno de informática da Folha de S. Paulo. Fiquei lá quase um ano quando surgiu o convite para ir trabalhar na revista GameMaster. Comecei como repórter e em menos de um ano me tornei editor. Também escrevia para a NGamer, Revista Oficial do Xbox 360 e para a Dicas & Truques para PlayStation. Após alguns anos lá, fui chamado para trabalhar no G1, o site de notícias da Globo, onde estou atualmente.
LB - Como foi a sua 1ª vez jogando Tomb Raider?
GP: Eu ganhei o game de presente em 1996, se não estou enganado. Eu tinha o visto pela primeira vez num programa de TV chamado Cybernet, que passava na TV a cabo. Lembro que gostei muito do que vi, gostava muito do design das fases e dos desafios. Lembro também que, por ter 12 ou 13 anos na época, eu tentava virar a câmera para ver as curvas poligonais de Lara. Naquela época, o jogo não rodava muito bem no meu PC. Só consegui terminar o jogo anos depois. Tive o TB II mais tarde para o PSone e o III novamente no PC. O IV tive para o Dreamcast.
LB - Agora com os jogos mais novos, o que você acha que está faltando para a franquia voltar ao topo de vendas e bater de frente com os maiores jogos da atualidade, em especial titulos como ''Uncharted Drake's Fortune''?
GP: Acho que falta voltar ao que era antes. O Uncharted meio que trouxe algo de novo para o gênero, deu mais cara de filme. Depois de tantos jogos, os games da Lara ficaram na mesmice. Voltar para as raízes do game e, ao mesmo tempo, trazer algo de novo pode ser a solução. O Guardian of Light está aí para tentar salvar a franquia e pelo que foi mostrado parece ser um ótimo jogo.
LB - Sobre o LC: GOL, nos diga a sua opinião a respeito desse game que mesmo antes de ser lançado já vem acumulando uma rejeição por uma boa parte dos fãs?
GP: Eu joguei e achei ótimo. Ele não tem nada a ver com a série original e é por isso que ele é bacana. Ele traz um novo meio de se jogar, focando na cooperação, e permite muitos modos de se resolver um enigma. Ele parece ser muito mais voltado às raízes da série, pois coloca o jogador a resolver mistérios e quebra-cabeças dentro de tumbas. Não sei o motivo da rejeição dos fãs uma vez que a série original será mantida e que Guardian of Light será apenas uma história paralela. O próprio produtor do jogo me disse que, depois de Underworld, eles quiseram pensar em outras coisas enquanto começam a trabalhar em um novo game da Lara. Guardian of light é fruto desse "pensar em outras coisas antes de trabalhar em um novo jogo da Lara". Os produtores querem manter a boa imagem de Lara para que os jogos que não foram muito bem recebidos pela crítica não estraguem a personagem.
LB - Sabemos que você foi o enviado do portal G1 à GDC de 2010 e pôde curtir antes de muita gente, uma apresentação apenas para os presentes no evento do novo game ''Lara Croft And Guardian Of Light'' da Square Enix Europe. Gostaríamos de saber como foi essa apresentação e se realmente o que viu do game lhe agradou?
GP: Olha, foi uma surpresa. Eu tinha hora marcada para ver o novo jogo da Lara em um hotel lá de São Francisco, mas não imaginava que se trataria de um game com visão isométrica voltado para resolver quebra-cabeças dentro de tumbas usando a cooperação de um amigo. Quem ler isso pode até torcer o nariz, mas quando ver o jogo rodando, irá se arrepender de ter feito isso. O visual está muito bom, mostrando fases com vários andares. Em uma tumba, você vê um local que é necessário ir que é láaaaaaaa embaixo. Esses gráficos só foram possíveis por conta da engine de Underworld. O sistema de cooperação é perfeito e permite utilizar de diferentes meios para resolver um quebra-cabeça.
Em um deles, Lara precisava subir em um local para pegar um baú. Só que este local estava bloqueado por espinhos. O outro jogador, no papel de Totec, deve lançar lanças na parede para que Lara possa subir e se manter em cima de um bloco para fazer com que os espinhos desapareçam. A resolução dos quebra-cabeças é bastante engenhosa e acho que os fãs irão gostar de ver a série de outra maneira. A física para resolver estes mistérios é excelente. Para atravessar um penhasco, Lara pode pulá-lo facilmente. Mas Totec é pesadão e não consegue fazer o mesmo. Lara então solta o seu gancho, que prende no escudo de Totec e o puxa. Ele fica pendurado no penhasco enquanto a heroína o puxa para a cima. Outro lance da física é usar bolas de pedra dentro das tumbas para usar em determinados locais. É bem interessante o que se pode fazer e estou ansioso para poder jogar o game quando ele sair para download.
LB - Você poderia divulgar algum vídeo do evento para os fãs do Lara's Backpack?
LB - Gostaria de mandar um recado para os fãs da série?
GP: A mensagem que quero mandar é que não torçam o nariz para um jogo que ainda nem foi lançado. Um game passa por muitas modificações até chegar às lojas e, por isso, Guardian of light pode ter muitas mudanças. Ele é diferente, sim, mas não é uma sequência dos jogos da Lara, é algo paralelo. A Crystal Dynamics vai continuar fazendo jogos mais tradicionais, mas, enquanto isso, dêem uma olhada nesse que vocês não se arrependerão. Vejam, é o primeiro jogo em que os peitos da Lara não são o foco da aventura (risos). Além disso, continuem jogando videogame, continuem sendo críticos dos jogos e sejam felizes. Ah, e sempre que tiverem um tempinho leiam a editoria de games do G1 e os sites e revistas dos meus colegas de profissão. Um grande abraço e sempre que precisarem de alguma coisa, podem contar comigo."
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